O analfabetismo nem é uma chaga, nem uma erva daninha a ser erradicada, nem tampouco uma enfermidade, mas uma das expressões concretas de uma realidade injusta ( Paulo Freire).
CRONOLOGIA DO ANALFABETISMO NO BRASIL
Chegamos ao terceiro milênio vivenciando inúmeras transformações, impulsionadas pelos avanços tecnológicos, em todos os setores da vida moderna, provocando, com muita frequência, mudanças no nosso cotidiano. Entretanto, persiste, em nosso País, um índice que há muito desafia os brasileiros, arrastando-se desde o período colonial: o alto índice de analfabetismo. Os avanços tecnológicos, as mudanças pelas quais passaram o mundo e o Brasil em particular amenizaram esse problema, mas não conseguiram extirpá-lo de uma vez por todas em nosso País. Em 1889, na obra História da Instrução Pública no Brasil ( 1500-1889), José Ricardo Pires de Almeida já comentava o fato de que, no Brasil Colônia, "havia um grande número de negociantes ricos que não sabiam ler"(ALMEIDA, 2000 apud INEP, 2003, p. 6).
Nesse período, a educação de adultos foi, em alguns momentos, considerada subversiva: em 26 de abril de 1730, uma Carta Régia proibiu a existência de correio por terra; outra, de 18 de junho de 1800, ao Capitão-General de Minas Gerais, advertia a Câmara de Tamanduás por ter criado um curso de "primeiras letras"; em 20 de março de 1720, a Corte expediu um alvará proibindo "letras impressas no Brasil" e, em 1747, o governo português mandou destruir a primeira gráfica brasileira (FREIRE, 1993 apud INSTITUTO ETHOS, 2005, P. 14).
Nessa época, os analfabetos que possuíssem bens e títulos podiam votar, enquanto os poucos que eram alfabetizados só tinham direito a voto se possuíssem renda. Esse fato, aliado aos resultados obtidos no recenseamento em que foi constatado que a taxa de analfabetismo brasileira era de 78,11%, levou Machado de Assis a publicar uma crônica, em 1876, em que comentava:
70% dos cidadãos votam do mesmo modo que respiram: sem saber por que nem o quê. Votam como vão à festa da Penha — por divertimento. A Constituição é para eles uma coisa inteiramente desconhecida. Estão prontos para tudo: uma revolução ou um golpe de Estado (INSTITUTO
ETHOS, 2005. P. 16).
Em 1882, Rui Barbosa apresentou um parecer sobre a educação no País, baseado em comparação feita entre o crescimento de 0,57% entre as matrículas escolares dos anos de 1857 e 1878, concluindo:
Com essa celeridade de milésimos por ano, careceríamos de 37 anos para que a inscrição [matrícula] crescesse 1% e como a nossa população de idade escolar (6 a 15 anos) está para a população total livre na razão de 22,6%, em menos de 799 anos não teríamos chegado à situação que se anela à situação normal de alguns países já hoje, onde toda a população de idade escolar recebe a instrução primária ( BARBOSA, 1947 apud INSTITUTO ETHOS, 2005, p.17).
A situação era realmente dramática, principalmente comparando-se com outros países: em 1886, enquanto a população escolarizada do Brasil era de 1,8%, na Argentina já era de 6% (ALMEIDA, 1889 apud INEP, 2003, p. 6). Nos Estados Unidos, em 1870, a taxa de analfabetismo era de 14%; na Holanda, em 1872, apenas 7% da população era analfabeta; na França, em 1869, o percentual de analfabetos era de 20% e, o Japão, em 1860, praticamente já eliminara o analfabetismo.
No entanto, esses dados não significam a falta de iniciativas na área educacional, no País. Durante 210 anos, de 1549 a 1759, a educação brasileira contou com a liderança dos jesuítas que se preocupavam, sobretudo com o ensino da moral, dos bons costumes e da religiosidade, tendo surgido, nesse período, vários colégios no País. Entretanto, para Freire ( 1993, apud INSTITUTO ETHOS, 2005, p. 15), os jesuítas "inauguraram o analfabetismo no Brasil". Apesar disso, houve uma ruptura com a sua expulsão pelo Marquês de Pombal, em 1759, que destruiu o único sistema de ensino existente no País, a despeito da existência de escolas fundadas por outras ordens religiosas. À época, os jesuítas possuíam 25 residências, 36 missões e 17 colégios e seminários, além de seminários menores e escolas de primeiras letras instaladas em todas as cidades onde havia casas da Companhia de Jesus. A partir daí, o Brasil ficou 13 anos sem escolas, sendo elas substituídas pelas aulas régias ou avulsas de Latim, Grego, Filosofia e Retórica, antes oferecidas nos colégios jesuítas.
Importante citar que, só a partir da expulsão dos jesuítas, o ensino da língua portuguesa passou a ser privilegiado, substituindo a ênfase dada ao ensino do latim que predominava nas escolas da Companhia de Jesus.
Mas, o abandono de assuntos relacionados à educação era bastante evidente no período colonial, mesmo após a promulgação da Constituição Imperial de 1824 que definia "a Instrução primaria, e gratuita a todos os Cidadãos", como uma das maneiras pela qual "a inviolabilidade dos Direitos Civis e Politicos dos Cidadãos Brazileiros" seria garantida pela Constituição ( art. 179, XXXII).
No final do século XIX, as discussões sobre a necessidade de reformas efetivas na educação do País foram mais enfáticas, tendo em vista registros que indicavam a falta de qualidade das instituições existentes, a insuficiência do número de instituições, impedindo o acesso satisfatório das camadas populares ao ensino, e o alto índice de analfabetismo.
Os dados sobre a instrução nesse período indicam a urgência da intervenção, bem como as dificuldades que se apresentam a tal
empreendimento. Em 1877 os relatórios oficiais apontam que, de uma
população livre de 6.858.594 habitantes, sabem ler e escrever apenas
1.563.078. O número de escolas primárias era 70% inferior ao
minimamente desejável. O ensino secundário restringia-se a aulas avulsas,
com exceção de poucos colégios, e de poucos cursos superiores que, mal
aparelhados, atendiam a pequena parcela da população que buscava o
titulo de bacharel, menos pela profissionalização e mais pela reafirmação dos privilégios por ele possibilitados. (VALDEMARIN, 2000, p. 62 apud MELO&MACHADO, 2009, p. 4)
Assim, em 1879, o Decreto 7.247, de 19 de abril, instituído por iniciativa de Carlos Leôncio da Silva de Carvalho, Ministro dos Negócios do Império, traduziu as preocupações com a necessidade de reformas que pudessem alterar o quadro há muito diagnosticado. O Decreto possuía 29 artigos entre os quais constava a determinação de que fossem criados cursos noturnos para adultos analfabetos nas escolas públicas de instrução primária no "município da corte", dentre outras inovações, representando a primeira providência brasileira para o enfrentamento do analfabetismo. No entanto, ele representou apenas a inclusão da educação de adultos no ideário educacional brasileiro: os cursos eram extremamente rigorosos e, segundo os historiadores, foram poucas as pessoas que dele se beneficiaram deixando de ser analfabetos.
Finalmente, em 7 de setembro de 1915, no Clube Militar do Rio de Janeiro, foi formada a Liga Brasileira contra o Analfabetismo, com o lema "combater o analfabetismo é dever de honra". Essa chamada à população em geral surtiu algum efeito, tendo sido capaz de mobilizar, pela primeira vez, vários estados da federação, levando à criação de seções da Liga em 20 estados brasileiros, conseguindo, entre 1915 e 1920, uma redução anual de 5% nas taxas de analfabetismo (ALMEIDA, 2004, p.27). O seu objetivo principal era conseguir tornar obrigatório o ensino primário para que o Brasil chegasse ao centenário da independência, em 1922, sem analfabetos. Mas, o desafio era muito grande e o objetivo não foi alcançado. No entanto, o movimento foi extremamente relevante, no sentido de que foi capaz de levantar a discussão sobre a necessidade de se enfrentar o problema com uma política de Estado, e ao engajar a sociedade brasileira em torno de questões fundamentais relacionadas à área educacional. Entretanto, o censo de 1920 ainda indicava que 65% da população com 15 anos ou mais era analfabeta ( RIBEIRO, 1989 apud ALMEIDA ,2004, p. 27).
A Constituição de 1934 trouxe, pela primeira vez na história constitucional brasileira, um capítulo específico para o tratamento da Educação e Cultura, definindo, em seu artigo 149, a educação como direito de todos:
Art. 149. A educação é direito de todos e deve ser ministrada, pela família e pelos Poderes Públicos, cumprindo a estes proporcioná-la a brasileiros e a estrangeiros domiciliados no País, de modo que possibilite eficientes fatores da vida moral e econômica da Nação, e desenvolva num espírito brasileiro a consciência da solidariedade humana.
Nela, foi definida ainda, como competência da União fixar o plano nacional de educação ( art. 150, a) e, entre as normas a serem obedecidas, constava a existência do "ensino primário integral gratuito de frequência obrigatória extensivo aos adultos"(art. 150, §único, a). Esse Plano foi formulado pelo Conselho Nacional de Educação em 1937, mas, com o advento do Estado Novo, o documento foi deixado de lado (SILVA&SILVA, 2006, p. 22).
A Constituição de 1937, em seu artigo 130, define o ensino primário como obrigatório e gratuito, não excluindo, essa gratuidade, o dever de solidariedade dos menos para com os mais necessitados: "assim, por ocasião da matrícula, será exigida aos que não alegarem, ou notoriamente não puderem alegar escassez de recursos, uma contribuição módica e mensal para a caixa escolar". Refere-se, também, à educação da juventude, definindo:
Art 129 - À infância e à juventude, a que faltarem os recursos necessários à educação em instituições particulares, é dever da Nação, dos Estados e dos Municípios assegurar, pela fundação de instituições públicas de ensino em todos os seus graus, a possibilidade de receber uma educação adequada às suas faculdades, aptidões e tendências vocacionais.
Não obstante o disposto nos textos constitucionais, em 1940, o recenseamento apurou que 55% da população com idade acima de 18 anos era analfabeta, taxa que foi considerada, pela primeira vez, como preocupante. Esse fato fez com que algumas providências fossem tomadas, visando modificar essa situação: foi criado o Fundo Nacional do Ensino Primário, mediante o Decreto-Lei nº. 4.958, de 14 de novembro de 1942, visando à ampliação e melhoria do sistema escolar primário em todo o País; foi decretada a Lei Orgânica do Ensino Primário, mediante o Decreto-Lei nº. 8.529, de 2 de janeiro de 1946 que, entre outras providências, definia, em seu artigo 2º, a existência de duas categorias de ensino primário: o ensino primário fundamental, destinado às crianças de sete a doze anos e o ensino primário supletivo, destinado a adolescentes e adultos, dedicando o Capítulo III do Título II ao curso primário supletivo; foi promulgado, em 25 de agosto de 1945, o Decreto nº. 19.513 que regulamentava os recursos federais enviados a estados e municípios e definia que, 25% desses recursos deveriam ser aplicados na educação de adolescentes e adultos analfabetos.
A Constituição de 1946, promulgada em 18 de setembro, reconhece a educação como direito de todos, em seu artigo 166, definindo, também, no artigo 167, II, o ensino primário oficial e gratuito para todos. O artigo 168, III, define, ainda que, "as empresas industriais, comerciais e agrícolas, em que trabalhem mais de cem pessoas, são obrigadas a manter ensino primário gratuito para os seus servidores e os filhos destes".
Em 1947, foi implementada a primeira política pública nacional de educação escolar para adultos: a Campanha Nacional de Alfabetização. Pela primeira vez, também, uma campanha contava com recursos federais para o seu desenvolvimento.
À época, os analfabetos não podiam "alistar-se eleitores", conteúdo de dispositivo constitucional presente em todas as Constituições, desde 1934, que excluía a participação de metade da população na escolha dos dirigentes da nação e, consequentemente, da participação nas decisões importantes do País. Assim, dentre os objetivos políticos não expressos para a implementação da Campanha estava o desejo de diversos grupos políticos de ampliar o número de eleitores e elevar a produtividade da população.
A partir de 1952, a Campanha Nacional de Alfabetização expandiu-se, passando a atingir o interior do País, mediante forças tarefas formadas por um educador, um médico, dois agrônomos, um agente de saúde, um veterinário e um assistente social.
O objetivo do trabalho era a criação de lideranças e o fortalecimento de associações entre os moradores (INSTITUTO ETHOS, 2005, p. 22).
O importante, no entanto, é que, finalmente, na década de 50, o perfil do analfabetismo no Brasil começou a sofrer alteração significativa: o percentual de 50,5% em 1950 caiu para 39,6 % em 1960, segundo dados do IBGE ( apud INSTITUTO ETHOS, 2005, p. 21). A importância desse dado se deve ao fato de que, do ano de 1900 ao ano de 1950, se, em termos percentuais, verificou-se um avanço no alfabetismo da população, quando os números eram analisados em termos absolutos, o resultado era desanimador:
Para isso demonstrar não preciso mais do que apresentar algumas cifras: Tínhamos, em 1900, 9.750.000 habitantes de mais de 15 anos, dos quais 3.380.000 eram alfabetizados e 6.370.000 analfabetos. Em 1950, 14.900.000 eram alfabetizados e 15.350.000, analfabetos. Diminuímos a percentagem de analfabetos de 65% para 51%, em cinqüenta anos, mas em números absolutos, passamos a ter bem mais do dobro de analfabetos. Se considerarmos o analfabeto, como seria lícito considerar, um elemento mais negativo do que positivo na população, a situação brasileira, do ponto de vista da educação comum, tornou-se em 1950 pior do que em 1900 [...]. Bendito seja o nosso crescimento demográfico que anula o nosso pequeno esforço em aumentar as oportunidades de educação primária, sem lhe tirar, por isto mesmo, o caráter de educação seletiva! ( TEIXEIRA, 1989, p. 6)
Arraigado na história do Brasil desde o seu descobrimento, os índices elevados de analfabetismo de sua população foram alvos de inúmeras tentativas para a sua erradicação. No entanto, segundo vários estudiosos, os projetos levados a efeito não alcançavam os resultados esperados, quase todos pelo mesmo motivo: a descontinuidade nas ações, quer sejam no âmbito governamental ou privado. Entre eles, destacam-se os seguintes:
[...] Campanha Nacional de Erradicação do Analfabetismo (1958, governo Juscelino Kubitscheck); Movimento de Educação de Base (1961, criado pela Conferência Nacional de Bispos do Brasil-CNBB); Programa Nacional de Alfabetização, valendo-se do método Paulo Freire (1964, governo João Goulart); Movimento Brasileiro de Alfabetização - Mobral (1968-1978, governos da ditadura militar); Fundação nacional de Educação de Jovens e Adultos - Educar (1985, governo José Sarney); Programa nacional de Alfabetização e Cidadania - Pnac (1990, governo Fernando Collor de Mello);[...] Plano Decenal de Educação para Todos (1993, governo Itamar Franco); e [...] o Programa de Alfabetização Solidária (1997, governo Fernando Henrique Cardoso) ( MELO & IVASSHITA, [S.d.], p.3 apud REZENDE PINTO, 2000, p.523).
Esses são alguns dos movimentos pró-alfabetização da população brasileira! Cada um com suas características próprias e métodos próprios, não sendo o nosso objetivo neste trabalho, fazer uma análise de cada um deles, quer seja do ponto de vista ideológico, quer seja do ponto de vista histórico. Além dessas campanhas, é importante citar a existência de outras iniciativas realizadas por organizações não governamentais, empresas, associações de moradores, igrejas e outros. Aliás, o estudo realizado pelo Inep, Mapa do Analfabetismo do Brasil, em suas considerações finais, afirma que o grande número de iniciativas visando à extinção do analfabetismo no Brasil demonstra que ela é uma "meta factível", mas que exigirá um grande esforço nacional para a sua efetivação. E acrescenta:
Sempre há e sempre houve disposição da população para engajar-se nos programas de alfabetização; o que faltou muitas vezes foram programas de qualidade, claramente delineados para seus diferentes perfis, e com o nível de profissionalização que se espera de qualquer atividade. Nesta área, improvisação geralmente redunda em fracasso como a nossa própria experiência nos ensina. E aqui, nunca é demais relembrar o Mobral, que pretendeu erradicar o analfabetismo, a baixo custo, no período da ditadura militar e que foi um retumbante fracasso (Inep, [S.d], p.14).
Em 1961, após treze anos de intensas discussões, é promulgada a Lei 4.024, de 20 de dezembro de 1961, primeira Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, que reconhece "a educação como direito de todos"(art. 2º), mas não traz grandes avanços para a educação de jovens e adultos, sem escolarização na idade própria. Ao tratar do ensino primário, define, em seu artigo 27:
Art. 27. O ensino primário é obrigatório a partir dos 7 anos e só será ministrado na língua nacional. Para os que o iniciarem depois dessa idade poderão ser formadas classes especiais ou cursos supletivos correspondentes ao seu nível de desenvolvimento.
O artigo 31, por sua vez, determinava que "as empresas industriais, comerciais e agrícolas, em que trabalham mais de 100 pessoas, são obrigadas a manter ensino primário gratuito para os seus servidores e os filhos desses".
O artigo 99 definia, ainda, que:
Art. 99. Aos maiores de 16 anos será permitida a obtenção de certificados de conclusão do curso ginasial, mediante prestação de exames de madureza, após estudos realizados sem observância de regime escolar.
Parágrafo único. Nas mesmas condições, permitir-se-á a obtenção do
certificado de conclusão do curso colegial aos maiores de 19 anos.
Se os treze anos de debates sobre a primeira Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional marcaram intensamente esse período, outras iniciativas na área educacional fizeram com que ele pudesse ser considerado como um dos mais férteis da História da Educação no Brasil, segundo Bello ( 2001 ). Entre elas, ele destaca:
Em 1950, em Salvador, no Estado da Bahia, Anísio Teixeira inaugura o Centro Popular de Educação (Centro Educacional Carneiro Ribeiro), dando início a sua idéia de escola-classe e escola-parque; em 1952, em Fortaleza, Estado do Ceará, o educador Lauro de Oliveira Lima inicia uma didática baseada nas teorias científicas de Jean Piaget: o Método Psicogenético; em 1953 a educação passa a ser administrada por um Ministério próprio: o Ministério da Educação e Cultura; em 1961, tem início uma campanha de alfabetização, cuja didática, criada pelo pernambucano Paulo Freire, propunha alfabetizar em 40 horas adultos analfabetos; em 1962 é criado o Conselho Federal de Educação, que substitui o Conselho Nacional de Educação e os Conselhos Estaduais de Educação e, ainda em 1962 é criado o Plano Nacional de Educação e o Programa Nacional de Alfabetização, pelo Ministério da Educação e Cultura, inspirado no Método Paulo Freire.
No mês de outubro de 1962, a Revista Veja publicou reportagem sob o título: "A Pátria dos Iletrados". Nela é noticiado o lançamento de um plano de emergência para melhorar a educação no País, considerada pelo Ministro Darcy Ribeiro como calamitosa. Ele planeja eliminar o analfabetismo entre todas as crianças e jovens com idade entre 7 e 23 anos até o ano de 1970. A reportagem informa, ainda, que, segundo descrito pelo ministério, o panorama educacional no Brasil é realmente tenebroso:
De acordo com os números oficiais, apenas quatro entre cada dez crianças com idades entre 7 e 11 anos estão matriculadas nas escolas. Pior: a metade desse contingente está cursando apenas a primeira série do ensino primário. Entre todos os alunos que iniciam sua formação no País, só 21,4% chegam à segunda série (19,3% avançam à terceira e 14,1% à quarta). No ensino secundário, a situação é de arrepiar. Apenas nove entre cada cem jovens brasileiros conseguem alcançar esse nível. Por fim, há o desastre do analfabetismo. Conforme levantamentos recentes, o Brasil tem o pior índice de alfabetização de toda a América Latina, superando até seu vizinho mais pobre, a Bolívia. Calcula-se que o País abrigue um exército de 5,8 milhões de iletrados, o equivalente a 39% de toda a população nacional ( Veja, out. 1962).
E a reportagem é finalizada com a frase: "Para o bem do país, que Goulart e o resto do governo fiquem longe de seu caminho", referindo-se, logicamente, ao Ministro Darcy Ribeiro, titular da pasta da educação e, "não por coincidência, o único integrante do ministério que não tem a política como ofício principal".
Mas, em 1964, o golpe militar impede a continuidade dessas iniciativas, sob o pretexto de que elas eram "comunizantes e subversivas", provocando uma nova ruptura na história educacional do País (BELLO, 2001). Nesse contexto, a Constituição de 1967, promulgada em 24 de janeiro, mantém a educação como direito de todos ( art. 168) e, pela primeira vez, estende a obrigatoriedade e gratuidade do ensino até aos quatorze anos, nos estabelecimentos primários oficiais ( art. 168, II). Repete, ainda, os termos do artigo 31 da LDBEN vigente, obrigando as empresas comerciais, industriais e agrícolas a manter o ensino primário gratuito de seus empregados e dos filhos destes.
Em 15 de dezembro de 1967, foi promulgada a Lei nº. 5.397, criando uma fundação denominada Movimento Brasileiro de Alfabetização ( MOBRAL ), visando "conduzir a pessoa humana [sic] a adquirir técnicas de leitura, escrita e cálculo como meio de integrá-la a sua comunidade, permitindo melhores condições de vida"(BELLO, 1993).
Em 21 de março de 1968, a Lei nº. 5.400 que tratava do recrutamento militar, referia-se, também, à alfabetização dos recrutas, definindo, em seu artigo 1º, que "os brasileiros que, aos dezessete anos de idade, forem ainda analfabetos, serão obrigados a alfabetizarem-se" ( Conselho Nacional de Educação, 2000).
Visando institucionalizar e legalizar o regime militar implantado pela Revolução, é promulgada, em 17 de outubro de 1969 , a Emenda Constitucional nº. 1, considerada pela maioria dos constitucionalistas, devido à sua abrangência, uma nova constituição: a sexta do Brasil e a quinta da República. Ela define, pela primeira vez, em seu artigo 176, a educação como "direito de todos e dever do Estado". Repete, ainda, a obrigação explicitada na LDBEN e na Constituição de 67 de as empresas "manterem o ensino primário gratuito de seus empregados e o ensino dos filhos destes, entre os sete e os quatorze anos", podendo, agora, também optar por "concorrer para aquele fim, mediante a contribuição do salário educação"( art. 178).
Em 11 de agosto de 1971, foi sancionada a Lei nº. 5.692, 2ª Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Nela, o Capítulo IV, artigos 24 a 28, trataram especificamente do ensino supletivo, definindo que a sua finalidade seria "suprir a escolarização regular para os adolescentes e adultos que não a tenham seguido ou concluído na idade própria" e "proporcionar, mediante repetida volta à escola, estudos de aperfeiçoamento ou atualização para os que tenham seguido o ensino regular no todo ou em parte" (art. 24, I, II) . De acordo com o artigo 25, o ensino supletivo abrangeria, "conforme as necessidades a atender, desde a iniciação no ensino de ler, escrever e contar e a formação profissional definida em lei específica até o estudo intensivo de disciplinas do ensino regular e a atualização de conhecimentos".
À época, segundo a Secretaria de Educação e Cultura do Ministério da Educação e Cultura, de cada mil alunos que entraram na 1ª série do 1º grau no ano de 1963, cem, ou seja, 10%, iniciaram a 1ª série do 2º grau, em 1971.
O índice de analfabetismo de pessoas com 15 anos ou mais tinha caído de 39,6% em 1960 para 33,6% em 1970. ( Síntese dos Indicadores Sociais, 2000). A Região Nordeste apresentava um índice de 53,8% de analfabetismo, seguido da Região Norte com 35,0%, a Região Centro-Oeste com 34,6%, a Região Sul com 23,7% e a Região Sudeste com 23,0%. Na Região Sudeste, o maior índice foi apresentado pelo Estado de Minas Gerais com 34,5%, seguido do Espírito Santo com 32,9%, de São Paulo com 18,8% e Rio de Janeiro com 16,7% ( IBGE, Censo Demográfico 1970).
O MOBRAL, nessa época, continuava em atividade, buscando novas saídas que garantissem sua continuidade. Segundo Bello (1993), depois do início da campanha de alfabetização de adultos, descobriu-se que a lei que o implantou tratava realmente da educação continuada de adolescentes e adultos. Assim, foram criados novos programas, a ele vinculados: o Plano de Educação Continuada para Adolescentes e Adultos, o Programa de Educação Integrada, o Programa Cultural, o Programa de Profissionalização, o Programa de Diversificação Comunitária, o Programa de Educação Comunitária para a Saúde e o Programa de Esporte. E na área da educação geral é lançado o Programa de Autodidatismo. Em 1975, ele enfrentou uma Comissão Parlamentar de Inquérito – CPI, instaurada pelo Senado Federal, para o esclarecimento de denúncias de atendimento, em seus programas, de crianças de nove a quatorze anos. Em 1978, o MOBRAL atendeu a "quase 2 milhões de pessoas, atingindo um total de 2.251 municípios em todo o País" ( BELLO, 1993 apud CORRÊA, 1979, p. 459), com custos altíssimos, que utilizavam recursos da União, do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação, 2% do Imposto de Renda e ainda um percentual da Loteria Esportiva. Segundo Furter(1975, p. 59 apud BELLO,1993), "a alfabetização e a educação de massa tanto podem ser fatores de libertação, como de denominação". Assim, para Bello (1993), o MOBRAL objetivava o condicionamento da população ao status quo: "por ter de repassar o sentimento de bom comportamento para o povo e justificar os atos da ditadura, esta instituição estendeu seus braços a uma boa parte das populações carentes, através de seus diversos Programas".
No entanto, a opinião dos documentos oficiais, diverge amplamente da interpretação do MOBRAL, feita por vários autores, que o consideram como um aparelho ideológico do estado. Na publicação do Ministério da Educação, "MOBRAL: sua origem e evolução", a apresentação do documento informa que:
A alfabetização de adultos não constitui experiência nova nem no Brasil nem em qualquer outra parte do mundo. Mas a alfabetização de milhões de pessoas por ano representa, por certo, movimento sem precedentes em nossa História. O MOBRAL tem sido o responsável por esse movimento, graças à conjugação do apoio do Governo Federal com a ampla adesão das comunidades à causa da erradicação do analfabetismo. O lema "Você também é responsável" parece ter mobilizado toda a população brasileira no sentido de levar o conhecimento da leitura, da escrita e do cálculo às classes menos favorecidas e aos rincões mais afastados do país.
Entre setembro de 1970 e setembro de 1973, 4,9 milhões de adolescentes e adultos aprenderam a ler e a escrever nos cursos do MOBRAL, e o programa custou apenas um terço do que seria orçado pelos critérios internacionais. Tal como o recente êxito brasileiro nas taxas de desenvolvimento econômico, o MOBRAL não representa um milagre, mas o resultado de um trabalho árduo e pragmático. Procuramos ser realistas e, nesse sentido, a primeira preocupação foi a de assegurar a solidez financeira do Movimento, conseguindo receitas da Loteria Esportiva e do Imposto de Renda; procuramos ser econômicos, aproveitando a capacidade ociosa das escolas e das estruturas municipais de ensino fundamental para alfabetização de adultos em cursos noturnos; procuramos ser funcionais, descentralizando os nossos critérios de ação e confiando as principais tarefas executivas da alfabetização às Comissões Municipais.
O atual ritmo do MOBRAL nos convence de que chegaremos a 1978 com índices de alfabetização semelhantes aos das nações de maior progresso econômico e social. E estamos certos de que esse movimento, que não é mais uma promessa e sim uma realização, atesta o que o povo brasileiro pode construir pela conjugação do seu entusiasmo com uma administração racional( BRASIL, 1973, p. 4).
No entanto, chegamos ao ano de 1980 com um percentual de 25,5% de analfabetos, correspondendo a 18,7 milhões de pessoas. Hoje, os organismos internacionais apontam que o analfabetismo só ocorre em 25% dos países e, na maioria deles, não passa de 10%. O Brasil, segundo dados do IBGE, apresentou, em 2007, um índice de 10,1%; em 2008, de 10,0% e, em 2009, de 9,7%. O número referente a 2009 representa que, em números absolutos, o Brasil contava com 14,1 milhões de analfabetos. No ranking do analfabetismo dos países da América Latina e Caribe, o Brasil ocupa a 14ª posição, em um total de 19 países, segundo dados da Campanha Latino Americana pelo Direito à Educação (Clade), e é o 3º na América Latina, atrás apenas do Haiti e da Guatemala, que apresentaram índices de 41,7% e 30,9%, respectivamente. Segundo dados da Unesco, a América Latina tem 25 milhões de analfabetos, principalmente no Brasil e México, países mais populosos. Entretanto, tem havido um grande avanço. Atualmente, seis países já anunciaram que estão livres do analfabetismo: Argentina, Cuba, Venezuela, Nicarágua, Bolívia e Equador. Além disso, Chile, Paraguai, Uruguai, Costa Rica e Chile têm feito constantes progressos em termos de alfabetização de sua população e estão próximos de serem considerados livres do analfabetismo.
Assim, o Movimento Brasileiro de Alfabetização ( MOBRAL ), apesar de ser considerado por alguns autores como o programa mais impactante de educação de adultos ( COLETE, [S. d]), não alcançou os seus objetivos de eliminar o analfabetismo do País e nem tampouco de igualar o seu índice de analfabetismo aos dos países de maior progresso econômico. Para Nath& Orso ( [S.d] apud SAUNER, 2002, p. 59),
Uma das causas do fracasso do MOBRAL no seu trabalho de
alfabetização do jovem e do adulto brasileiros está relacionada aos
recursos humanos: o despreparo dos monitores a quem era entregue a
tarefa de alfabetizar. Tratava-se de pessoas não capacitadas para o
trabalho em educação, que recebiam um "cursinho" de treinamento de
como aplicar o material didático fornecido pelo MOBRAL e
ensinavam apenas a mecânica da escrita e da leitura, portanto, não
alfabetizaram.
No entanto, teve como um dos seus méritos a difusão das iniciativas de alfabetização de adultos no País.
Em 1985, a recessão econômica que marcou a década, a situação de descrédito que pairava sobre o MOBRAL e, sobretudo, a impossibilidade da continuidade de um projeto que exigia um grande dispêndio de recursos levaram à extinção do MOBRAL, que teve os seus programas incorporados pela Fundação Educar, de curta duração: 1985 a 1990.
Surgida em 1985, foi, no entanto, estabelecida legalmente apenas em 6 de fevereiro de 1986, mediante o Decreto nº. 92.374, que aprovou o seu estatuto. Segundo ele, a "EDUCAR [tinha] como objetivo promover a execução de programas de alfabetização e de educação básica não formais, destinados aos que não tiveram acesso à escola ou que dela foram excluídos prematuramente"(art. 2º). Como substituta do MOBRAL, recebeu dela todos os seus bens, dela diferenciando-se, principalmente, porque estava dentro das competências do MEC, tinha como especialização a educação básica e promovia a execução dos programas de alfabetização por meio do "apoio financeiro e técnico às ações de outros níveis de governo, de organizações não governamentais e de empresas" (BRASIL, [200?] apud Parecer CNE/CEB n.º 11/2000).
De acordo com Costa ( 2009, p.70 apud FURLANETTI, 2001),
durante a sua curta vigência, a Fundação Educar teve o mérito de subsidiar experiências inovadoras de educação básica de jovens e adultos, conduzidas por prefeituras municipais e instituições da sociedade civil que tinham como princípios filosóficos os postulados freirianos.
No ano de 1985, contando o Brasil com uma população de 20,7% de analfabetos, finalmente, a Emenda Constitucional nº. 25, de 15 de maio, altera o parágrafo 3º do artigo 147 da Constituição, definindo, a partir de então, que estavam impedidos de alistar-se eleitores as pessoas que não soubessem "exprimir-se na língua nacional", expressão que gerou incertezas e interpretações diversas na Justiça Eleitoral, mas que significou um avanço em relação ao texto original.
Em 5 de outubro de 1988, foi promulgada a 8ª Constituição da República Federativa do Brasil. Denominada "Constituição Cidadã", contou, em sua elaboração, com a participação de vários segmentos da sociedade. Mas a nova Carta Magna, "expressão dos anseios populares", deveria ser conhecida por todos, segundo os constituintes:
De que valem as leis – e particularmente a Lei Maior – se forem desconhecidas? Como centenas de milhares de brasileiros, que viviam à margem da sociedade, poderiam exigir um sem número de direitos, com dignidade constitucional, se nem sequer imaginavam que eram seus destinatários? (MACHADO, 2008).
O próprio texto constitucional providenciou para que fosse possível o conhecimento do seu teor por todos os brasileiros, determinando, no artigo 64 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias ( ADCT):
Art. 64. A Imprensa Nacional e demais gráficas da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, da administração direta ou indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público, promoverão edição popular do texto integral da Constituição, que será posta à disposição das escolas e dos cartórios, dos sindicatos, dos quartéis, das igrejas e de outras instituições representativas da comunidade, gratuitamente, de modo que cada cidadão brasileiro possa receber do Estado um exemplar da Constituição do Brasil.
Ora, segundo Machado (2008),
[...]sem embargo da providência não ter sido materializada a contento (distribuição de exemplares), em 1988, o Brasil dispunha de uma população aproximada de 140 milhões de habitantes, com uma taxa de analfabetismo de 17 %. Mais de vinte milhões de analfabetos! Como, então, dar conhecimento do conteúdo da Constituição a uma legião de pessoas sem acesso ao fundamental direito de saber ler?
Mas, a nova Carta Magna trouxe avanços no que diz respeito ao analfabetismo e ao analfabeto. O primeiro deles é que o alistamento eleitoral e o voto passaram a ser facultativos para os analfabetos ( art.14,§1º, II).
O artigo 208, I incluía que o dever do Estado com a educação seria efetivado mediante a garantia de "ensino fundamental, obrigatório e gratuito, inclusive para os que a ele não tiverem acesso na idade própria". A Emenda Constitucional nº. 14, de 1996, alterou a redação do inciso: "[...] assegurada, inclusive, sua oferta gratuita para todos os que a ele não tiveram acesso na idade própria". E a Emenda Constitucional nº. 59, de 2009, alterou, mais uma vez, a redação do inciso, para tornar obrigatória e gratuita a educação básica, dos 4(quatro) aos 17 (dezessete) anos de idade, "assegurada inclusive sua oferta gratuita para todos os que a ela não tiveram acesso na idade própria".
O artigo 60 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias ( ADCT) definia a aplicação de recursos na eliminação do analfabetismo e na universalização do ensino fundamental. A Emenda Constitucional nº. 14/96 alterou esse dispositivo, passando a definição dos recursos a serem utilizados na erradicação do analfabetismo a ser tratada no parágrafo 6º do artigo, dispositivo esse revogado pela Emenda Constitucional nº. 53/2006.
Além disso, o artigo 214 previu o estabelecimento do plano nacional de educação visando à articulação de ações que conduzissem, entre outros itens, à erradicação do analfabetismo. Apesar do discurso constitucional, "a partir da extinção da Fundação Educar em 1990 até 2002, pode-se perceber claramente a ausência efetiva de políticas públicas, com investimentos no campo educacional"( COSTA, 2009, p. 70 apud FRIGOTTO, 2002, p. 59).
Em 11 de setembro de 1990, com ampla divulgação, foi lançado, pelo Governo Collor, o Programa Nacional de Alfabetização Solidária ( PNAC ), iniciativa que visava a preencher o vazio institucional deixado pela extinção da Fundação Educar, ao mesmo tempo em que dava alguma satisfação à ONU, no Ano Internacional da Alfabetização. O Programa tinha como objetivo reduzir o índice de analfabetismo em 70%, em cinco anos. No entanto, "um ano depois de inaugurado com grande alarde na imprensa, o PNAC foi enterrado como indigente, sem ritual ou anúncio fúnebre" (SIQUEIRA, 1992, p. 23 apud TUANI, 2010, p.22). À época, o depoimento do então Ministro da Educação José Goldemberg registra o descaso em que a alfabetização de adultos se encontrava, incluindo em sua fala apenas argumentos econômicos, como se o objetivo da educação de adultos se restringisse apenas à possibilidade de inseri-lo no mercado de trabalho:
O adulto analfabeto já encontrou seu lugar na sociedade. Pode não ser um bom lugar, mas é o seu lugar. Vai ser pedreiro, vigia de prédio, lixeiro ou seguir outras profissões que não exigem alfabetização. Alfabetizar o adulto não vai mudar muito sua posição dentro da sociedade e pode até perturbar. Vamos concentrar nossos recursos em alfabetizar a população jovem. Fazendo isso agora, em dez anos desaparece o analfabetismo (JORNAL DO COMÉRCIO DO RIO DE JANEIRO, 12 out. 1991 apud INSTITUTO ETHOS, 2005, p. 23).
Satisfazer as necessidades básicas de aprendizagem:
No entanto, de 1993 para 2003, os índices de analfabetismo caíram apenas de 16,3% para 11,6%.
O PROGRAMA BRASIL ALFABETIZADO
fundamental e permanente para todos os adultos ( UNESCO, 2003).
De 2005 para 2006, a taxa de analfabetismo caiu 0,7 ponto percentual, alcançando a taxa de 10,4%.
ANALFABETISMO, ALFABETISMO FUNCIONAL E DESIGUALDADE SOCIAL
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9 comentários:
Deveria existir bolsa escola a todos os analfabetos como incentivo a voltarem a estudar pelo menos o básico. sei que deveriam ir unicamente pelo fato de aprender, mas muitas vezes não tem consciência da importância do aprendizado e um incentivo poderia motiva-los.
No Distrito Federal, já existe lei que dá aos alfabetizandos uma quantia como incentivo a que ele dê continuidade ao processo. É a lei nº. 4.208, de 25 de setembro de 2008. Ela pode ser visualizada no link http://www.sedest.df.gov.br/005/00502001.asp?ttCD_CHAVE=13367.
Também existe um projeto de lei de autoria do Senador Cristovam Buarque que cria um auxílio para adultos que se alfabetizarem. É em parcela única de R$450,00. O projeto de lei é o PLS nº. 117/2006.
Recentemente, foi publicada notícia de que Tiririca tinha apresentado os seus primeiros projetos de leis. Entre eles, um que tratava de uma bolsa alfabetização. Não consegui encontrar o texto da lei. A notícia pode ser vista em http://noticias.terra.com.br/brasil/noticias/0,,OI5185721-EI7896,00-Tiririca+propoe+bolsa+alfabetizacao+para+adultos+no+Congresso.html.
Excelente artigo. Só uma dúvida. A Revista Veja começou a circular em 1968. Em 1962 ela não existia.
Paulo:
Muito bom que você tenha gostado do artigo. Estou postando, abaixo, a reportagem da Revista Veja citada no artigo. Não tenho a revista original, mas, no site da Veja, consta a data de 1962.
Um abraço
Marlucia
Brasil
VEJA, outubro de 1962
O ministro Darcy Ribeiro lança um plano de emergência para melhorar a educação dos brasileiros, que enfrenta situação 'calamitosa'. Ele planeja eliminar o analfabetismo entre todas as crianças e jovens até 1970.
Montada e empossada no mês passado, a nova equipe de governo do presidente João Go ulart apresenta uma espécie rara em Brasília: um ministro disposto a reconhecer os problemas, evitar as posições nebulosas e traçar um plano concreto para resolver a situação. Não por coincidência, é o único integrante do ministério que não tem a política como ofício principal. Titular da pasta da Educação, o antropólogo e escritor Darcy Ribeiro, de 40 anos, foi o primeiro ministro de Jango a manifestar de forma transparente e inequívoca a posição do governo sobre um dos grandes dramas que afligem a nação. Seu inimigo tem proporções colossais: a vexatória condição do ensino no país. Se conseguirá levar a cabo essa tarefa hercúlea, ninguém sabe. De qualquer forma, Darcy Ribeiro pelo menos começou bem. Ao lançar um plano de emergência para o setor, no dia 16 deste mês, o ministro não mediu palavras na hora de avaliar o tamanho da encrenca – em seu discurso, admitiu abertamente que a presente situação da educação no país é nada menos que "calamitosa". O panorama descrito pelo próprio ministério é realmente tenebroso. De acordo com os números oficiais, apenas quatro entre cada dez crianças com idades entre 7 e 11 anos estão matriculadas nas escolas. Pior: a metade desse contingente está cursando apenas a primeira série do ensino primário. Entre todos os alunos que iniciam sua formação no país, só 21,4% chegam à segunda série (19,3% avançam à terceira e 14,1% à quarta). No ensino secundário, a situação é de arrepiar. Apenas nove entre cada cem jovens brasileiros conseguem alcançar esse nível. Por fim, há o desastre do analfabetismo. Conforme levantamentos recentes, o Brasil tem o pior índice de alfabetização de toda a América Latina, superando até seu vizinho mais pobre, a Bolívia. Calcula-se que o país abrigue um exército de 5,8 milhões de iletrados, o equivalente a 39% de toda a população nacional.
O ministro Darcy Ribeiro não ignora o peso da empreitada. Se não for capaz de melhorar esses índices, o Brasil jamais chegará a lugar algum. Mineiro de Montes Claros e renomado estudioso dos povos indígenas do país, Ribeiro assumiu a pasta da Educação ao deixar o comando da Universidade de Brasília (UnB). Primeiro reitor da instituição, foi também o encarregado, em 1959, de planejar e montar a universidade, por orientação do então presidente Juscelino Kubitschek. Com poucas semanas de governo, elaborou e apresentou seu programa de emergência, que já foi aprovado por decreto pelo Conselho de Ministros. O pacote de medidas prevê liberação generosa de recursos para novos convênios entre o governo federal e os governos estaduais. A meta final é ampliar rapidamente o número de matrículas, com efeito visível já no ano letivo de 1963. Darcy Ribeiro também acaba de homologar o 1º Plano Nacional de Educação, elaborado sob orientação do professor Anísio Teixeira, seu mentor e amigo. O plano determina a criação do Fundo Nacional de Educação, que receberá, de forma obrigatória, 12% da receita obtida em impostos da União. A partilha desses recursos deverá contemplar, de maneira proporcional, os ensinos primário, secundário e superior. O pacote de Darcy inclui ainda um compromisso essencial: alfabetizar todas as crianças e jovens com idades entre 7 e 23 anos até a virada da década. Para o bem do país, que Goulart e o resto do governo fiquem longe de seu caminho.
Paulo:
O texto traz, inclusive a capa da revista, mas eu não consegui te enviar. Apenas entre com o título do artigo para encontrá-la. No entanto, realmente encontrei na wikipédia que ela se iniciou em 1968.
A Veja publicou algumas edições especiais como se estivesse presente à história, inclusive com capa de acordo com a época. A edição especial chama-se "VEJA na História", onde ela reconta os fatos históricos.
Obrigada, Stael!
Perfeito todos os sites e fontes históricas que foram apontadas.
Parabéns.
Obrigada, Farias Santos! Fiquei muito feliz pelo seu comentário!
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